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Luiz Leduc, em sua mocidade no Paraná:

Luiz Leduc contava que, quando menino, viajou muito pelo interior do Paraná, freqüentando a fazenda da família Sotto Mayor, onde gostava de andar a cavalo, chegando a cavalgar pelo interior, na região do rio Tibagí. Às vezes, citava o nome de Boanerges, pelo que se supõe ter sido um dos filhos dessa família.
Luiz Leduc me contou que, certa vez, quando rapazinho, andando a cavalo pela região do rio Tibagí, onde havia a fazenda dos Sotto Maior, que ele freqüentava, parou para almoçar em um restaurante que estava repleto de fregueses. Sentou-se e, enquanto aguardava o garçon, apareceu um desconhecido, muito falastrão, cumprimentando como se fosse amigo, pediu licença e sentou-se à mesma mesa que ele. O tal cidadão mandou vir pratos do bom e do melhor, comeu sobremesa e, no final, despediu-se dele, com efusivos abraços e desapareceu. Quando veio a conta, o jovem inexperiente Luiz Leduc teve que pagar as duas lautas refeições, o que foi para ele uma amarga experiência no contacto com seus semelhantes.
Luiz Leduc também contava que, por ocasião de um levante armado na região, um Comandante que viajava no trem que liga Curitiba a Paranaguá, de volta para casa, acompanhado de alguns subordinados, ao chegar na altura do Km 65, no trecho onde há uma extensa ponte de ferro, muito alta, em curva, denominada Viaduto Carvalho, o vagão foi invadido por uma tropa inimiga, atacando os militares que ali se encontravam dormindo, descansando de intensa luta, obrigando-os, na ponta das baionetas, a saltarem pelas janelas do trem, despenhadeiro abaixo. Os que não morriam das estocadas, morriam ao se lançarem de considerável altura. O Comandante que ali se encontrava, morto fuzilado nessa emboscada, era o senhor Ildefonso Pereira Correia, Barão do Cerro Azul, muito conhecido e estimado de todos. Era o dia 20.5.1894.
A construção desse viaduto está citada na Tese de Doutorado de História de Laura Antunes Maciel, na PUC-SP em 1997, onde ela diz, na página 143:

“Já havia, como vimos, uma tradição de meio século na produção de “crônicas fotográficas” com as grandes obras da engenharia nacional, como as realizadas por Marc Ferrez, na construção da estrada de ferro Minas-Rio (álbum de 1882) ou das incríveis obras de arte(pontes, túneis, estações) na tecnicamente ousadíssima estrada de ferro Paranaguá-Curitiba, posta em funcionamento em 1885”.

Luiz Leduc, que viera da França por volta de 1880, sem o registro de nascimento, conclusão a que cheguei por constar ter ele sido registrado em Palma, no Paraná, Estado onde, em sua mocidade, antes de ir para Mato Grosso, freqüentava a fazenda dos Sotto Maior e gostava de andar a cavalo na região do rio Tibagí, conforme dissemos acima, havia continuado a manter laços de amizade e afetivos na região, por volta do ano de 1892, quando tinha 16 anos de idade. Do seu relacionamento em Curitiba-PR, constituiu a família. (clique aqui para ver detalhes da família)


Eleonora, apelidada de Leonor, a filha de Luiz Leduc com Rita Gonçalves do Espírito Santo, não teve filho e faleceu solteira. Eu me encontrava em Curitiba, com minha esposa e filhos, por ocasião do seu falecimento e fomos ao seu sepultamento. Ela era dotada de um coração de ouro, era muito amorosa para com a família, amava muito a seu pai e era amável com todos. Muito trabalhadora, mantinha um pequeno armazém (uma Venda) em sua casa, na Av. Erasto Gaertner, nº 78, no Bairro do Bacacheri, onde estive com papai e minha esposa, Helenita, nos dias 1º a 7.10.1959, logo que nos casamos e até dormimos numa cama preparada por Leonor, em ótimo colchão por ela improvisado. Nessa ocasião, tiramos esta foto de papai ao lado de Leonor:

Luiz Leduc e a filha Leonor Gonçalves Leduc, em 1959


Leonor dedicou-se também à costura e era de uma vivacidade tal, que conseguiu comprar uma grande chácara no extremo oposto da cidade, no então distante Bairro do Jardim Mercês, hoje o populoso bairro de Vista Alegre, para onde se mudaram logo de início, Leonor e o seu irmão Raul, este já com seus filhos e netos. Papai Luiz Leduc me levou lá com minha esposa Helenita, estando a chácara já com várias casas de madeira, cada uma habitada por uma família dos filhos de Raul. Na chácara, ele se dedicava à extração e venda de leite, tendo uma boa freguesia.
Lembro-me de Leonor contando que papai, certa época, passou muitos anos sem dar notícia. A época coincidia com a que ele esteve trabalhando em Mato-Grosso. Com saudade e preocupada, ela partiu para o Rio de Janeiro, disposta a descobrir o paradeiro dele.  Viajando, certo dia, na Barca entre o Rio e Niterói, por volta de 1932, ela contou a uma amiga, ao seu lado, que tinha vindo de Curitiba para procurar por seu pai, Luiz Leduc, que ela não via há muitos anos.  Foi quando um senhor, que estava sentado perto, ouvindo o que ela dizia, aproximou-se e disse que conhecia muito Luiz Leduc e que ele havia ido para Goiás, com a família.
Vendo, agora, pela Internet, várias cartas que ele escreveu para ela, como a de Santa Cruz de Goiás, em 1933 e de Rio Verde, em 1938 e outras, que vão expostas no decorrer desta narrativa, compreendi como foi feita a reaproximação. Nas cartas, papai demonstra muito amor aos filhos e netos de Curitiba e muito cuidado que tinha para com eles e o futuro de todos, a mesma preocupação e o cuidado que tinha com todos nós de casa.
Leonor nos visitou em Rio Verde, em 1938, a convite de papai, quando tivemos a oportunidade de conhecê-la, passando vários meses conosco no Hotel, antes de retornar a Curitiba.
Aproveitando essa longa ausência de Leonor, um senhor, que havia construído indevidamente sua casa em terreno da chácara, tornou-se freguês diário da leiteria do Raul e tanto o bajulou, que este acabou assinando o documento necessário para a transmissão definitiva do terreno.  Quando Leonor voltou de Rio Verde e soube do caso, ficou por conta com Raul, mas a coisa acabou ficando por isso mesmo e Leonor no prejuízo.

Quando, poucos anos antes de falecer, Leonor resolveu lotear o terreno da chácara, vendeu muitos lotes para particulares e cedeu um lote para cada sobrinho, alguns com casa de alvenaria bem construída e se empenhou junto à Prefeitura para que a rua principal, onde reside a maior parte dos parentes, tivesse o nome de Luiz Leduc, no que foi atendida. O CEP da Rua Luiz Leduc é 82100-010, no Bairro Vista Alegre. Essa rua parece ser bem extensa, porque vimos na Internet o endereço de uma empresa de nome “Seguros – Corretores Paraná”, situada à Rua Luiz Leduc nº 1.160. 
Em 2005, quando eu fazia um curso de Informática no SETEP em Petrópolis, o professor, que era de Curitiba, vendo o meu nome, Luiz Leduc Júnior, na lista de chamada, me perguntou qual a relação do meu nome com o da Rua Luiz Leduc, onde ele já estivera, em casa de um amigo.
O nome da Rua Luiz Leduc em Curitiba foi autorizado pela seguinte Lei Ordinária, nº 3768, de 11.9.1970:
Súmula: “Dá a denominação de Luiz Leduc a uma das vias públicas do Bairro Jardim Mercês”.
Texto da Lei Ordinária:

“A Câmara Municipal de Curitiba, Capital do Estado do Paraná, decretou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

 “Art. 1º Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a dar a denominação de Luiz Leduc a uma das vias públicas não nominadas, no bairro Jardim Mercês.

Art. 2º Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Palácio Vinte e Nove de Março (Curitiba), em 11.9.1970.  Osmar Sabbag, Prefeito Municipal”.

Em Curitiba também há o Colégio Estadual Luiz Leduc, à Rua Sagrado Coração de Jesus, nº 108, com o CEP 80620-260.

Fundação da Cidade de Cuiabá e a instituição da Capitania de Mato-Grosso, depois Província e finalmente Estado.  Retrospectiva histórica  (1719/1835)
História baseada no conteúdo de algumas páginas do Álbum Gráfico do Estado de Mato-Grosso, de 1914:

O povoamento da região do atual Estado de Mato-Grosso deu-se, em linhas gerais, da seguinte forma:
Os primeiros núcleos habitacionais foram criados na região oeste pelos jesuítas, fundando as Missões, a serviço dos espanhóis que, alguns anos após o descobrimento da América por Cristóvão Colombo em 12.10.1492, começaram a explorar a região e se utilizavam dos rios navegáveis para alcançar os territórios hoje boliviano e do Peru, de onde levavam a prata das minas de Potosi para a Espanha. Daí, o nome do Rio da Prata, que é o estuário entre a Argentina e o Uruguai, por onde passava todo o carregamento da prata que ia para a Europa e o próprio nome da Argentina, que vem de argentum, palavra latina que significa prata. Nos trechos por terra, a prata era toda transportada no lombo dos muares, trazidos da Espanha especialmente para esse transporte, tendo-se procriado na Argentina uma infinidade de exemplares desses animais, daí a origem dos muares brasileiros, que vieram da Argentina através do Rio Grande do Sul, conforme reportagens de José Hamilton Ribeiro, no Globo Rural de 16 e de 23.7.06.
Pelo Tratado de Tordesilhas de 7.7.1494 e com o descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral em 22.4.1500, a região pertencia, de início, à Espanha. Mas, por Tratados posteriores, como o de Madri (1750) e o de Santo Ildefonso (1777), Espanha e Portugal estabeleceram novas fronteiras, ficando a região, até o rio Guaporé, na fronteira com a Bolívia, pertencente ao Brasil e, por conseguinte, a Portugal.
Em 1706 reinava em Portugal D. João V (1706 – 1750), que foi sucedido por D.José I (1750 – 1777). Este nomeou Conselheiro o Marquês de Pombal, que criou no Brasil o Vice-Reinado e fez expulsar do Brasil os Jesuítas, que eram contrários a muitas de suas realizações. Por isso o Marquês suspeitou terem eles tomado parte no atentado sofrido pelo Rei D. José I, o que motivou a sua expulsão do Brasil.
Uma das Bandeiras paulistas, no ano de 1719, chefiada pelo sorocabano Pascoal Moreira Cabral, que estava à caça de índios para o trabalho escravo, descendo pelo rio Coxipó, que nasce nos altiplanos da Chapada dos Guimarães, travou intensa luta com os índios Coxiponés, em local pouco antes de chegar à foz com o rio Cuiabá. Após essa ocorrência, passaram os expedicionários a perceber que alguns índios se enfeitavam com pepitas de ouro, que também eram vistas em abundancia nas margens desse rio. Tal fato fez com que Moreira Cabral mudasse o objetivo de sua viagem e resolvesse permanecer no local, onde assentou acampamento e construiu cabanas, tendo o lugar recebido o nome de Arraial de São Gonçalo.


Nos altiplanos da Chapada dos Guimarães nasce o rio Coxipó


As experiências com a extração do ouro foram bem sucedidas e Moreira Cabral enviou a São Paulo um emissário, Antonio Antunes Maciel, levando um termo relatando a descoberta, datado de 8 de abril de 1719 e assinado pela maioria dos membros da expedição, para comunicar a descoberta do ouro ao Governador, D. Pedro de Almeida Portugal, Conde de Assumar, a fim de garantir os direitos à Sua Real Majestade, D João V, Rei de Portugal. Pascoal Moreira Cabral foi, então, aclamado Guarda-mór das minas e Capitão-mor regente, sendo, dessa forma, considerado o fundador da cidade. Moreira Cabral faleceu em 1730, com 76 anos e os seus restos mortais encontram-se na  Basílica do Senhor do Bom Jesus  de Cuiabá.
Em 1720, portanto no ano seguinte à sua chegada à região, Moreira Cabral transferiu as instalações para outro local, onde fez construir cabanas, um pouco além do ponto em que o rio Coxipó, na época, dividia-se em dois braços e formava uma ilhota, que atualmente se encontra extinta. Essa junção dos dois braços do rio, que formava uma forquilha, deu ensejo a que o lugar fundado por Moreira Cabral viesse a se chamar Arraial da Forquilha, o primeiro grupo de população organizada na região, hoje o distrito de Coxipó do Ouro.
1720 foi também o ano da fundação da Capitania de Minas Gerais, com a Capital em Vila Rica, por desmembramento da Capitania de São Paulo.
O Arraial da Forquilha encontrava-se em plena efervescência com a extração do ouro, quando, cerca de três anos após o início, isto é, em 1722, o sorocabano Miguel Sutil, cuja cabana ficava à beira do rio Cuiabá, foi conduzido por um índio a um local que se revelaria a maior fonte de ouro até então encontrada no Brasil, distante dali alguns quilômetros, às margens do córrego da Prainha, onde se via muito ouro e outro também próximo a uma Colina, onde depois foi construída a Igreja do Rosário, que fica atualmente no coração da Capital. A extração em ambos os locais revelou-se em maior quantidade e a primeira ficou conhecida pelo nome de “Lavras do Sutil”, em homenagem ao seu descobridor, tendo sido dado o nome de Avenida Sutil a uma das mais extensas e importantes artérias que cortam atualmente a cidade, onde há também um bairro com o nome de Miguel Sutil. 
A segunda mina passou a ser conhecida como “Lavras da Colina do Rosário”. Em pouco menos de um ano, os moradores do Arraial da Forquilha, onde o ouro já dava sinais de esgotamento, já se haviam mudado para esse novo local, que ficava próximo ao rio Cuiabá, nome cuja origem não está devidamente determinada, supondo-se, entre outras hipóteses, referir-se a uma antiga tribo de índios cuyabases, ou fazedores de cuia, que viviam às margens do rio, conforme vimos na Internet. Em pouco tempo, essas minas passaram a ser denominadas pela Coroa Portuguesa de Minas de Cuyabá, devido à proximidade desse rio e para diferençar das Minas do Arraial da Forquilha, que ficavam no rio Coxipó. 
Na ocasião, a região era subordinada ao Governador da Capitania de São Paulo, Rodrigo César de Meneses. Com o objetivo de intensificar a fiscalização da exploração do ouro e garantir a renda a Portugal, o governador muda-se para o Arraial que, logo depois, pela Carta Régia de 1º de janeiro de 1727, foi elevado à condição de Vila, com o nome de “Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuyabá”.
A presença do governante paulista nas Minas de Cuyabá ensejou uma verdadeira extorsão fiscal sobre os mineiros, numa obsessão institucional pela arrecadação dos quintos de ouro.   Esse fato, somado à gradual diminuição da produção das lavras auríferas, fizeram com que os bandeirantes pioneiros fossem buscar o seu ouro cada vez mais longe das autoridades cuiabanas.
Em 1734, estando já quase despovoada a Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuyabá, os irmãos sorocabanos Fernando e Artur Paes de Barros, penetrando mais a oeste, indo atrás dos índios Parecis, após atravessarem a Chapada dos Parecis, deram de frente com uma grande extensão de 7 léguas de mato alto, espesso, quase intransponível. Acostumados a andar pelo cerrado, onde era raro haver árvores daquele porte, os irmãos aventureiros, ao passo que iam penetrando na mata, iam chamando o local de mato-grosso.  Transposta a mata, no vale do Guaporé, encontraram muito ouro às margens do rio Galera e aí fundaram as Minas de São Francisco Xavier. A região, logo toda pontilhada de arraiais de mineradores, ficou conhecida como as Minas de Mato-Grosso, nome pelo qual passou a ser conhecida a região e mais tarde foi dado à Capitania, depois Província e hoje Estado. Cabe, portanto, a esses dois Bandeirantes, os irmãos Paes de Barros, a denominação de Mato-Grosso, que perdura até os nossos dias.
Em 1744, chegou a vez de Goiás transformar-se em Capitania independente de São Paulo, com a Capital em Vila Boa, depois denominada de Cidade de Goiás, cujas minas de ouro haviam sido descobertas pelo Bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera.
Por ato de 9 de maio de 1748, temendo a presença de espanhóis em nossa fronteira com a Bolívia, Sua Majestade Portuguesa criou a Capitania de Mato-Grosso, independente da Capitania de São Paulo, nomeando governador da Capitania o Capitão-General D. Antonio Rolim de Moura Tavares, com instrução de fundar uma cidade na fronteira, para ser a capital, dotada de fortificações suficientes para evitar possíveis invasões dos espanhóis. Aproveitando uma antiga feitoria denominada Pouso Alegre, fundada em 1737, às margens do rio Guaporé, D.Antonio Rolim elevou-a à categoria de cidade, município e sede da Capitania, em 1752, com o nome de Vila Bela da Santíssima Trindade de Mato-Grosso, ou simplesmente Vila Bela,  que mais tarde passou a se chamar cidade de Mato-Grosso. 
Em 1807, D.João VI trasladou a família Real para o Brasil, elevando-o de Colônia a sede do Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves, com a sede do reinado na Cidade do Rio de Janeiro.
Quanto à Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuyabá, pela carta régia assinada por D. João VI em 17 de setembro de 1818, a Vila foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Cuyabá.
Devido à grande distância, que dificultava as comunicações entre a Capital e os grandes centros do país, ficou resolvida a mudança da sede do Governo da Capitania de Mato-Grosso para Cuyabá e o processo de transferência foi iniciado no governo de João Carlos Augusto d´Oeynhausen e Gravemburg (1807 a 1819) e grande parte da administração foi transferida no governo de Francisco de Paula Magessi de Carvalho (1819 a 1821).
Mas, em 1820, por dificuldades na administração, a capital retornou a Vila Bela.
Em 1821, a família Real voltou para Portugal, ficando no Brasil, como Regente, o Príncipe D. Pedro.
Só em 1835, pela Lei nº 19, de 28 de agosto de 1835, de D. Pedro I, a Capital da Província ficou definitivamente sendo na cidade de Cuyabá, hoje Cuiabá.

Foram os seguintes os Capitães-Generais Governadores da então Capitania de Mato-Grosso:
1º)  Antonio Rolim de Moura (1751 a 1756). Fundou a 1ª Capital, Vila Bela da Santíssima Trindade de Mato-Grosso.
2º)  João Pedro Câmara (1765 a 1769)
3º) Luis Pinto de Souza Coutinho (1769 a 1772). Fundou vários fortes e povoados e expulsou os Jesuítas, em cumprimento à política do Marquês de Pombal  (1750-1777)
4º)  Luis de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres (1772 a 1789). Fundou várias cidades, inclusive Cáceres.
5º)  João de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres (1789 a 1796)
6º)  Caetano Pinto de Miranda Montenegro (de 1796 a 1802)
7º)  Manoel Carlos de Abreu e Meneses (1802 a 1807)
8º)  João Carlos Augusto d´Oeynhausen e Gravemburg (depois Marquês de Aracati) - 1807 a 1819 (iniciou a transferência da Capital de Vila Bela para Cuiabá)
9º)  Francisco de Paula Magessi de Carvalho, (depois Barão de Vila Bela) - de 1819 a 1821

Um ano antes da proclamação de independência do Brasil em 1822, as Capitanias passaram a ser denominadas de Províncias, com os seus respectivos Governadores. Com a proclamação da República em 1889 e empossado o 1º Presidente do Brasil, o Marechal Deodoro da Fonseca, as Províncias passaram a ser Estados, governados por um Presidente de Estado. Com a revolução de 1930, o cargo de Presidente de Estado passou a ser de Interventor, até 1º de janeiro de 1949, com a abertura política nacional, quando passou a ser de Governador de Estado.

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